Como escolher a reticulação do preenchedor facial?
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Como escolher a reticulação do preenchedor facial?

Na região da face existem diferentes estruturas anatômicas sujeitas a diferentes forças de compressão, tração, torção, flexão e cisalhamento, assim como há comportamentos específicos em cada área facial. Compreendendo esses fatos, é possível concluir que precisa-se de um tipo de preenchedor com características e propriedades específicas adequadas para cada região. Para entender como deve ser feita a escolha da reticulação do preenchedor, precisamos entender um pouco sobre a reologia e composição do produto, feito basicamente de ácido hialurônico (AH).


*Fotos autorizadas pelos clientes. Procedimentos realizados na Clinic (não autorizado uso público).


O ácido hialurônico é uma molécula derivada dos carboidratos da família dos glicosaminoglicanos, presente na matriz extracelular dos tecidos, portanto fazemos a produção endógena desse carboidrato. Essa molécula é extremamente hidrofílica (atrai moléculas de água) promovendo melhor hidratação da região, entre outras funções. Entretanto para o uso comercial é produzido o AH de forma sintética, sendo compatível com o organismo.


Devido ao baixo peso molecular e alto poder de solubilização do AH produzido sinteticamente é necessário que seja feita a reticulação do produto, utilizando agentes reticulantes que fazem a ligação entre as moléculas, deixando o produto com diferentes densidades e menor permeabilidade. Quanto mais ligações cruzadas entre as moléculas de AH, maior é a reticulação do preenchedor. Um dos agentes de reticulação utilizados é o BDDE (éter de butanediol diglicerídio), que quanto menor for a concentração desse resíduo, melhor é o produto, por poder desencadear processos alérgicos. Quanto maior for a reticulação do produto, menos hidrofílico ele é, pois essa característica se dá pela sua estrutura química.


Já em relação a reologia, entende-se que quando uma força é aplicada sobre uma matéria essa matéria tende a sofrer deformidade e escoamento. Como citado acima, essa lei da física também se aplica sobre os preenchedores faciais, sendo necessário que os mesmos resistam aos diferentes tipos de forças aplicadas sobre ele, voltando a sua conformidade normal mesmo após alta compressão, tração, torção ou flexão tecidual. Sendo assim, algumas propriedades precisam ser consideradas, como a viscoelasticidade, módulo de elasticidade (G’), coesividade e escoamento, existindo então um limite de reticulação.


Sabendo de todos os fatos expostos acima, podemos compreender os locais onde devem ser utilizados os preenchedores conforme a sua característica de reticulação, sendo:

-Baixa reticulação: Material solúvel e degradável, sem poder de sustentação dos tecidos, com alta absorção e retenção de água, porém de pouca durabilidade. Geralmente são utilizados para realização de skinbooster, pois promove alta hidratação.

-Média reticulação: Material de elasticidade intermediária porém adequada, com capacidade de mobilidade da região ao mesmo tempo que promove a sustentação e preenchimento, também consegue fazer a retenção de água hidratando a região. Geralmente são utilizados em áreas onde se tem maior expressão facial, não enrijecendo tanto a musculatura, como nos lábios, olheiras, sulco nasolabial e labiomentual.

-Alta reticulação: Material mais resistente a deformação, com um G’ maior, contendo menor escoamento, mobilidade e retenção de água. Geralmente são utilizados em áreas de estruturação facial, como para definição de contorno nas regiões de mandíbula, malar, zigomático, mento, e outras áreas.


Também é importante levar em consideração a profundidade de aplicação do preenchedor. Quanto mais profunda a aplicação, como em supraperioesteo, maior é a reticulação utilizada, quanto mais superficial for a aplicação, menor é a reticulação que deve ser utilizada.


Em alguns casos a força aplicada sobre o produto pode ser tão grande que causa o rompimento das ligações químicas que compõem as moléculas, perdendo sua elasticidade permanentemente, por esse motivo os cuidados pós procedimento são tão importantes. Mesmo com a reticulação alta, o organismo faz a degradação progressiva do produto, porém de forma mais lenta, podendo durar de 12 a 18 meses dependendo da região aplicada e do organismo do indivíduo, sendo necessária a realização da manutenção para manter os aspectos desejados.










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Clinic Cursos - São Paulo SP


Responsável técnico: Dra Paula Caroline Garcia CRBM 32624 - Graduada em Estética, Graduada em Biomedicina, Pós Graduada em Docência, Mestranda em Biofotônica. Palestrante sobre saúde e autoestima em empresas como Santander, Leroy Merlin etc.; Escritora de colunas para revistas de estética; CEO e Coordenadora pedagógico da Clinic Cursos e CEO da Clinic Biomedicina estética; possui experiência de mais de 11 anos no mercado.

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